sábado, 21 de dezembro de 2013

"If the world were a village were a village of 100 people" (4-12-2013)

(4-12-2013)
Boa noite a todos!
Sei que muito tempo já se passou desde que cheguei a Portugal, mas mesmo assim publico ainda estes textos em atraso para mais tarde os ter aqui para recordar!

Chegou o último dia de campo. A véspera do regresso para Portugal. Ou só mais um dia a madrugar.
Depois de termos tomado o pequeno almoço ainda a dormir, reunimos nos grupos para fazer o último workshop, desta vez sobre "Active Citizenship". Pela primeira vez calhou-me fazer uma atividade sem ser com a Tinna, pelo que tive oportunidade de conhecer a Julia, uma voluntária da AFS Rússia que era a responsável pelo workshop "If the world were a village of 100 people" ("E se o mundo fosse uma aldeia de 100 pessoas").
Antes de começar a tratar de assuntos sérios, a Julia meteu-nos a dançar um bocado, de forma a acordar-nos (foi a minha parte preferida, como devem imaginar). Estivemos também a fazer um energiser com duas almofadas, seguindo a mesma lógica do energiser que fizemos no Cesenático do porco e do dinossauro, mas desistimos antes do dinossauro conseguir comer o porco.

Na primeira parte do workshop estivemos a falar mais do que é ser um cidadão activo e, individualmente, a escrever em post-its sugestões para ser mais activo a vários níveis, da escola, da cidade, do país, internacional e da AFS.
Depois de debatermos as sugestões dadas, a Julia introduziu o verdadeiro tema do workshop: "Imaginem que o mundo é uma vila só com 100 pessoas. Cada pessoa na vila representa cerca de 71 milhões de pessoas do mundo real", quantas seriam mulheres? E asiáticos? Se o mundo tivesse 100 pessoas quantas falariam chinês? E português? Quantas seriam de cor?
Na primeira parte do workshop estivemos a preencher um papel com uns números que acharíamos mais corretos para responder a essas perguntas, e eu estive a tentar descobri-los com a Federica (minha colega de quarto). Na segunda estivemos a descobrir os verdadeiros números, que não tinham nada a ver com as nossas expectativas. Sabiam que se o mundo fosse uma vila com 100 pessoas que só 33 eram Cristãos? Que 24 seriam Ateus e que 1 seria Judeu? Que só 1 teria acesso à Universidade e que só 7 teriam um computador? Sabiam que, se o mundo fosse uma vila com 100 pessoas, 75 viveriam em condições pobres? Que 50 não teriam comida garantida, 20 seriam subnutridos e que só 30 teriam sempre o suficiente para comer (sendo que 15 destes teriam peso a mais)?

Às 10:30 lá tivemos direito à nossa pausa para o café e às 11 retomámos o trabalho, acabando ao 12:15, hora de almoçar. O almoço desta vez foi bastante bom, tivemos direito a carne guisada com batatas fritas no forno, e ainda a um gelado como sobremesa.
Depois de almoçar e de descansar um bocado voltámos a reunir com os grupos do workshop, desta vez para decidir como apresentar o nosso trabalho ao grupo inteiro. Resolvemos dizer alguns dos números que nos chocaram mais e, ao mesmo tempo que alguém o diria para toda a gente, o resto do grupo separava-se nas proporções ditas, para ajudar o público a visualizar a situação. Fomos ainda obrigados a preparar um energiser de dança para o grupo todo, embora ninguém estivesse com vontade para isto.

Às 15h reunimos com os Re-groups e, quando eu cheguei à minha sala para encontrar o meu grupo, encontrei mais dois ou três, a cantar. Lá me explicaram que íamos fazer um flashmob com a música "I don't care, I love it", alterada para "ECTP, I love it!", e estavam a ensaiar a "dança".
Tudo ensaiado, começámos a tratar de coisas sérias. As voluntárias liam afirmações e, conforme o nosso grau de concordância com estas, tínhamos de nos posicionar num quadrado gigante que desenharam no chão.
Entretanto os outros grupos saíram e ficámos só nós, desta vez a falar mais seriamente. Falámos sobre as nossas expectativas sobre voltar para casa, e sobre os três meses que passámos fora dela. Falámos dos nossos sentimentos e medos, e a Tinna esclareceu-nos algumas coisas, por já ter passado pelo mesmo. Ainda escrevemos uma carta para os nossos eus do futuro, que todos concordámos em receber no início de Abril.

Às 18h, como já era hábito, fomos jantar. Jantei com a Juliette, a Maria Toscano e o Jhon, e estivemos o tempo todo a rir da sandes vegetariana que eu fiz dado que, sempre que tentava levá-la à boca, metade do conteúdo caía para o prato, acabando por comer pão com pão. Também durante o jantar chegou o director do campo a avisar que os horários de partida já tinham saído e que, mais uma vez, os portugueses eram dos primeiros a sair. E a sair tão cedo que o serviço de pequeno almoço não estaria aberto, pelo que tínhamos de preparar o nosso pequeno almoço depois de jantar.
Lá preparei a minha comida com a Toscano e, quando tudo já estava pronto, fomos aproveitar a hora livre para fazer a mala. Fazer a mala o tanas, acabei por ficar no quarto a falar com a Clara o tempo todo, tendo começado a gostar do campo nesse mesmo momento. Estivemos a falar tanto e tão interessadas nos assuntos que, quando demos por nós, já estávamos 15 minutos atrasadas para a Sessão de Encerramento.
Na sessão de encerramento estivemos a falar dos horários de partidas, das regras para deixar o quarto, estivemos a ver o vídeo de resumo do nosso campo e do campo paralelo (Hanenbos) e, sem os diretores estarem à espera, fizemos o flashmob. A dança acabou por se alterar toda e por ficar uma confusão de pessoas no meio a dançar, super divertidas. No final alguém ainda disse "Isto foi para vocês verem o que é um flashmob a sério", dado que a tentativa do dia anterior tinha sido bem falhada.

Às 21h fomos para os quartos arrumar tudo sabendo que, depois dos quartos estarem arrumados, teríamos direito à nossa "Goodbye Party". A arrumação foi bem divertida porque no meu quarto, enquanto arrumávamos, estávamos a ouvir música, a dançar e a cantar, o que soube muito bem. Ainda tivemos a fazer uma sessão de fotos para recordações, mas a Poline e a Federica ainda não as passaram para o computador (estou farta de pedir!).
Tudo arrumado, lá fomos para o bar do albergo, onde era a festa. Enquanto todos os outros foram dançar, eu fiquei a falar com o Jhon, enquanto bebíamos uma cerveja.

Embora tenha havido um ou outro contra tempo, os voluntários conseguiram controlá-los e acabou por ser uma noite divertida em que acabou tudo (ou quase tudo) bem. No entanto, no meio da confusão, acabei por não me despedir de ninguém, coisa de que tenho pena. Fica para a próxima!




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