Boas!
Hoje de manhã fui sozinha para a escola, dado que a Anna não está cá.
As duas primeiras aulas foram Matemática, durante a qual estivemos a preparar o teste de segunda e de sábado.
A aula a seguir foi Italiano, mas eu estava mais interessada no Zombie Tsunami. Tento sempre ouvir um bocado destas aulas com o Palai, mas nunca percebo nada de nada. Durante a aula a minha irmã esteve-me sempre a enviar fotos de Roma e a falar do quão bela era e do que calor estava. Mas sinceramente não gosto de Roma. Prefiro uma cidade mais pequena com as típicas ruas do norte de Itália do que aquela confusão para ver pedras com milhares de anos.
Ao tempo da quarta aula fomos para uma sala de apresentações noutro instituto, onde estivemos a ouvir pessoas a falar do banco alimentar. Sidei, os meus colegas ouviram, mas eu e o Matteo viemos para uma das últimas filas para jogar Zombie Tsunami. Acabou por ser uma hora muito produtiva, porque completei várias missões.
A quarta aula foi Química e estivemos também a preparar o teste de quarta feira, que todos temem e, depois desta aula, também eu.
Quando a escola acabou fui para casa almoçar com os meus pais. O almoço hoje foi pasta branca e um bife depois, acompanhado de boa conversa. Depois de almoço voltámos a ligar ao padre italiano que está no Brasil e o meu pai lá esteve a dar uns toques no português. No meio do almoço também me disse "Noi dispiace quando vai via", ou seja, que não gostam do facto de eu estar quase a ir embora. Foi uma coisa
difícil de ouvir porque torna tudo mais real, mas bonita pelo significado.
Quando acabámos de almoçar fui preparar a mochila e pesquisar os horários do autocarro, mas a Internet não funcionava. Fui assim a casa da minha tia Elizabeta que me emprestou um portátil onde vi o que tinha a ver.
Às quatro e meia despedi-me dos meus pais e fui para a paragem de autocarro. Passado 5min da suposta hora de chegada, uma senhora veio falar comigo para perguntar se não havia corriera hoje, mas disse-lhe que devia só estar atrasada. Fiquei a conversar um bocado com ela e vim a saber que é Ucraniana e que está cá há 10 anos. Disse-me que eu falava italiano e ainda me fez duas ou três perguntas sobre Portugal e a AFS, a que eu respondi de bom grado.
Hoje tínhamos um inspector dentro do autocarro, que barrava todos os que não tinham bilhete. Com isto ouvi uma senhora que estava perto de mim a dizer "uuuuh, eles tão aqui para prender os grandes ladrões. Uh, não têm bilhete para andar de autocarro. Mas ninguém vai às finanças investigar os grandes senhores com os fatos pretos.". Olhei para trás, mas ela estava só a falar sozinha. Entretanto começou a bater palmas, a dizer "san marino, praia em frente, montanha atrás" e a discutir política e economia italiana consigo própria.
Quando saí do autocarro não sabia como ir para o centro, pelo que perguntei a uma rapariga que estava no meu autocarro. Ela também ia para lá, perguntei-lhe se podia ir com ela (aqueles awkward moments) e lá fomos nós. A Laura, que também faz o quarto ano de Liceo Scientifico mas em Reggio, esteve muito interessada e perguntou-me imensa coisa sobre tudo. Chegadas ao centro ela foi ter com as amigas e eu estive à procura deles na Piazza Prampolini, onde estava uma festa com barraquinhas. Lá encontrei a Serra, o Agustin e a Cille e fomos buscar a Íris ao jardim público. Entretanto, enquanto eu dava uma volta com a Serra, um miúdo egípcio ou assim de 13 anos veio pedir para falar com ela e disse-lhe que a amava, embora nunca se tenham visto antes (mas ele sabia o nome dela!!).
Quando chegou o Cedric, eu e ele fomos a um supermercado para comprar algo para beber e comer, onde conhecemos um egípcio que está cá há 15 anos e que falava inglês.
Reunimo-nos com o grupo e fomos procurar um café para fazer aperitivo. O Planet estava demasiado cheio e a comida não parecia boa, pelo que optámos por uma pizza no Planet Pizza. Depois de jantarmos fomos para o jardim público (spot da droga), de onde também saímos rapidamente. No parque, conhecemos ainda um outro egípcio que nos pediu um isqueiro, e depois convidou-nos para irmos ver a crew dele a fazer rap. Agradecemos mas não aceitámos, inventando uma desculpa qualquer. Mas, passados 15 min, voltámos a encontrá-lo e perguntámos para que bar podíamos ir. A nossa ideia era só mesmo que ele nos indicasse um bar, não que se juntasse a nós. No entanto foi isso que ele fez, levou-nos de volta ao Planet, mas só depois de passar por ruas estranhas e cumprimentar grupos de árabes. Fez um pouco de rap para nós e entretanto chegou a crew. Apesar de ter um aspecto muito duvidoso, o Ahmed era muito simpático,ao contrário da crew (excepto o alemão), pelo que fomos embora na primeira oportunidade. Levámos a Serra e a Cille ao jardim onde as vinham buscar e depois chegou o Manu. Entretanto chegou a hora da Íris e lá foi ela também.
Ficámos então só eu, o Agus, o Cedric e o Manu, pelo que fomos para casa dele ver um filme. Qual ver um filme qual quê, primeiro fizemos skype com dois rapazes que estiveram cá em Reggio com a Intercultura há uns anos (um deles na minha escola) e só depois começámos a ver o filme. Lembro-me do nome, dos primeiros 5 minutos e do Manu me acordar porque a Anita estava à porta. Pelos vistos dormimos os três, enquanto o Manu via o filme sozinho.
Foi um dia espectacular, e que valeu completamente a pena. Agora estou em casa da Anita, onde vou dormir. Boa noite!






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