quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Porque não?

Olá amigos,
É com alguma tristeza que vejo o numero de visualizações das postagens a diminuir cada vez mais. Isso e também a diminuição de mensagens no facebook a perguntar por novidades. Mas a AFS avisou-me. Já passou um mês e um dia e isto começa a ser uma rotina que já não interessa muito. A verdade é que não vejo nenhum dia meu estabelecido por uma rotina e ainda ando um bocado à toa aqui pelo meio.

Hoje de manhã fui para a escola de gorro, tanto era o frio. A minha primeira aula foi passada a escrever, e nem sei do que era, se de História se de Filosofia.
Depois veio a aula de Ciências e estivemos a dar a constituição do átomo, os vários modelos atómicos e na mesma aula demos as passagens de níveis de energia e fotões. Acho que a este ritmo na próxima aula estamos na Lei de Le Chatelier, não sei é se alguém percebe alguma coisa.
No final da aula de química estivemos a fazer testes de chama com potássio e outros elementos. O Marco perguntou ao professor ajudante o que acontecia se o molhássemos em água e não onde o estávamos a molhar. Mandei-lhe uma mensagem no whatsapp a dizer que explodia, o que lhe interessou imenso. Contou aos colegas do lado e, quando os professores não estavam a olhar, roubaram um bocadinho de potássio. (Obrigada professora Elizabete e experiências do 9ºano!)
Quando saímos do laboratório e fomos para a sala normal, o Alessandro queimou o potássio à espera de ver novamente as chamas coloridas. A verdade é que não houve chama nenhuma e consequentemente não houve potássio para meter em água.
A terceira aula foi de Inglês, e estivemos a fazer exercícios de Listening e passiva.

No intervalo o Matteo e a Niccole chamaram-me para ir com eles à sala do terceiro ano para darmos um livro à irmã da Niccole. Quando entrámos estava toda a gente à volta de uma mesa e a comer. Um rapaz fazia anos e trouxe um bolo para a turma. Pelos vistos isto aqui é muito comum, e isso agrada-me.
No final do intervalo estive a mostrar uns vídeos da reação do potássio com a água (senti-me tão nerd) e eles ficaram fascinados (pelo menos não sou a única).

Depois veio a minha aula preferida da semana toda. Duas horas de artes. A Ines foi chamada no início da aula para ir fazer não sei o quê então o Marco veio para o meu lado.
No primeiro tempo estivemos a ver um powerpoint de fachadas de igrejas italianas e na segunda recomeçámos o desenho. Que voltou a ver maravilhoso. E o problema é que é desenho com mão livre, isto é, sem régua, esquadro e afins. O professor veio reclamar comigo por um erro que tinha feito, acho que foi a nossa maior conversa desde que estou aqui.

Quando a escola acabou a Anna levou-me à paragem onde fui apanhar a coriera para Reggio Emilia. Desta vez não estava cheia e arranjei um lugar sem problemas nenhuns. Passado um pouco reparei que a Giulia da minha turma estava sentada atrás de mim, e estivemos a falar. Não sabíamos que ambas apanhávamos a mesma coriera e então combinámos vir juntas nas próximas vezes.
Quando o condutor voltou para o autocarro eu fui tentar comprar bilhetes. Primeiro começou a reclamar comigo por não ter comprado num café, mas depois veio o segundo condutor que disse que tinha e que me vendia. Mas não tinha troco para uma nota de 20€. Perguntei-lhe o que fazia então e ele começou a falar muita rápido em Italiano e não percebi "un cazzo". Disse que sim, e vim me sentar no meu lugar.
Se fosse apanhada a andar de autocarro sem bilhete acho que apanhava uma multa de 100€, pelo que a Giulia estava super preocupada. Fez uma chamada e depois disse-me que, em Casina (paragem onde ela ia sair), ia estar a prima dela para me dar um bilhete para o resto da viagem. Fiquei mesmo feliz pela atitude dela, foi super amorosa.
Em Casina lá estava a miúda que me deu o bilhete. Peguei nele e passei na máquina, que deu sinal vermelho e fez um barulho de quem dá "erro". Mas ninguém me disse nada. Vim para o meu lugar e sentei-me, sabendo que não tinha passado o bilhete. Vim o caminho todo com imenso medo que me apanhassem, mas não houve qualquer problema.

Quando cheguei a Reggio fui direta para casa da Bárbara, onde estavam os outros a almoçar. O almoço foi muito divertido, como todos os momentos que passo com eles. Estivemos a falar do campo de Cesenatico e a descobrir os podres de cada um, o que provocou imenso riso.
O plano de hoje da aula de Italiano era ver o "Cars 2" que o Agustin trouxe em Italiano, com legendas em Inglês. No entanto acabámos de almoçar eram 15h30 e tivemos de ir embora com o Manumanu24.
Fomos em direção ao centro, onde deixámos o Cedric com o Manu (que é o seu assistente) porque tinham de conversar. Eu, a Serra, a Cille, a Iris e o Agustin fomos arranjar um spot para descansar um bocado. Fomos dar ao Giardini Pubblici onde comemos um Magnum e falámos um bocado.

Pouco depois a minha assistente, a Anita, mandou-me mensagem a dizer que estava perto e para eu ir ter com ela. O Agustin foi-me levar ao sítio onde combinámos, porque ninguém confia em mim sozinha numa cidade.
Enquanto entrávamos em várias joalharias em busca de uma prenda para uma amiga da Anita, falávamos da minha experiência. Falámos do meu campo e da minha relação com a família. Falámos da minha relação com os AFS'ers. E falámos do meu pedido para ficar um ano. Sim, a Intercultura não me deixa ficar aqui um ano e eu ando em depressão por causa disso.
Há, no entanto, a hipótese difícil de ficar aqui sem a organização. Tenho de ver isso muito bem, logo se vê.

Entretanto chegaram as 18h e fomos para o Planet, café onde íamos ter o aperitivo cultural.
Fomos as primeiras a chegar mas pouco depois juntaram-se a nós a Cille, Serra, Iris e Agustin. E depois o local chapter. E outros italianos que foram há alguns anos atrás.
Foi o primeiro aperitivo dos meus amigos, e então tivemos de explicar como funciona. É o mesmo de sempre: compramos uma bebida e podemos comer tudo o que quisermos do buffet.
A Serra aconselhou-nos a beber uma bebida com uma cor meia estranha, todos aceitámos e pedimos essa. Acabámos por não beber nada daquilo, porque sabia a álcool do mais barato. Cinco euros mandados ao ar, ou ao Cedric. Vai dar ao mesmo.

Depois de enfardar imenso no aperitivo e de falar um bocado com os outros chegou a minha hora. Pois é, isto é que é o chato de viver nas montanhas. Tenho de apanhar autocarros de uma hora e que acabam às 19:30h.

Entretanto comprei uma pass de autocarro com 10 viagens, para ver se a situação de hoje não se repete. Foram uns bons 35€ da minha alma deixados lá. Não sei o que se passa com os transportes públicos italianos.

Vim a dormir a viagem toda e quando cheguei a Castelnovo decidi entrar numa outra aventura. Quer dizer, são nove da noite, está tudo escuro e eu não falo muito muito italiano, porque não sair numa paragem que não conheço? Não correu assim tão mal e 15 minutos depois estava em casa, mas houve um ou outro momento em que estive quase a ligar para casa, mas correu tudo bem.
Quando cheguei prometi a mim mesma comer um cacho de uvas e ir para a cama, mas a verdade é que são 23h36 e aqui estou eu. Estive a ajudar a Anna a imprimir umas coisas e agora estive a tentar acabar isto sem adormecer.

Missão comprida. Boa noite!

2 comentários:

  1. Eva não desanimes, não perco um dos teus posts !! beijinhos espero que tudo corra bem :)

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    1. a serio?? wow!! por acaso nunca pensei que lesses! grazie mille!!! beijo grande :)

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