(16-11-2013)
Olá olá!
Acordei ainda na minha depressão capilar, que fez com que a psoríase piorasse e que assim tivesse imensa comichão, pelo que não me conseguiria concentrar durante o teste de Matemática. Solução: não vou à escola. O facto de gostar de dormir, de não ter estudado e de não querer mostrar o cabelo também ajudaram, mas isso é a versão que os professores não precisam de saber.
Acordei então às 7h como normal, tomei o pequeno almoço com a Anna e a Benny e depois voltei a dormir, enquanto elas foram para a escola. Ao meio-dia acordei, virei-me para o lado e continuei a dormir, feliz por não ter horário.
Por volta das 13:30h o meu irmão ligou-me, veio ao meu quarto para me chamar para almoçar e disse-me que não sabia que eu tinha ficado em casa. Expliquei-lhe o que se passava e disse que não tinha fome, que depois comia qualquer coisa. Entretanto olhei para o telemóvel, onde tinha mensagens de quatro pessoas da minha turma: Matteo, Ines, Nicole e Marco. Os três primeiros a dizer que o novo corte estava óptimo, e o último a gozar comigo (como já é habitual): "Admite, não vieste à escola por causa do teu belíssimo corte de cabelo ahahah". Apesar de terem sido mensagens normais, soube muito bem, dado que estava enterrada na cama numa depressão contínua.
Quando a Anna chegou do ginásio (quem é doido para, depois da escola E SEM COMER, vai para o ginásio?) fomos comer alguma coisa. Enquanto ela e o seu ginásio ficaram-se por fruta, eu comi um prato de massa com ragù.
Depois de almoço fui para o quarto arrumar a mochila, porque íamos para um retiro religioso, pois é. Às três e meia chegou a Benny e a Titi, outras duas educadoras que nos levaram a St. Stefano, umas casas da igreja no meio da montanha.
Quando chegámos já muitas das crianças tinham chegado, e só quando ouvi o barulho que faziam é que me assustei. Eu, que não sou religiosa nem sequer baptizada, estava num retiro católico com 40 crianças de 11 anos, onde ia ajudar os educadores a acalmar as pestes.
Quando o grupo estava todo reunido estivemos a tentar jogar uns jogos, mas como é óbvio ninguém nos ouviu. Ainda me pediram para mandar um berro em Português, e eu estive mesmo a pensar em dizer "Oh caralho, mas querem levar um par de estalos cada um?", mas disse que não.
Entretanto fomos para um sala enorme, onde estivemos a ouvir uma descrição de Jesus pela Bíblia, onde as crianças descreveram Jesus para si e onde fizeram um labirinto para descobrir quem ele realmente é. Depois disso escolheram uma criança que, com um papel na testa com uma palavra qualquer que ele não sabia, ia para o meio da rodinha e tinha de tentar adivinhar qual a palavra, ouvindo as coisas que os outros diziam.
Quando chegou a hora de jantar fomos todos para o andar de baixo, onde eu estive a ajudar a servir. O primeiro prato foi massa com ragù, e o segundo foi lombo com batatas, que quase todos deixaram ficar.
Depois de jantar eu e a Benny estivemos a preparar o projector e o computador, enquanto a Anna se foi embora para uma reunião. Projetor preparado, computador preparado, fios todos ligados, estivemos a ver um filme de desenhos animados sobre a vida de Moisés. Apesar do filme não ter nada a ver comigo, foi um ponto muito importante da minha experiência pois, no final, reparei que percebi tudo tudo o que foi dito pelas personagens.
O filme acabou e fomos todos para os dormitórios, dado que estávamos mortos. Eu fiquei no segundo andar (andar das raparigas), num quarto com as outras 5 educadoras (a Benny, a Anna, a Titi, a Martina da minha turma e a Alexandra), e à nossa frente estava um quarto de 11 raparigas com 11 anos, pelo que devem imaginar a barulheira.
Esperei que a Anna chegasse e, com os lençóis que trouxe, estivemos a preparar a nossa cama, que íamos partilhar. Metemos duas fronhas em cada almofada e dois lençóis no colchão, só para verem o quanto a Ana confia em hosteis/pousadas/etc.
Estivemos um bocadinho à conversa, mas entretanto adormecemos, quando as donas do quarto ao lado se decidiram calar.
Foi um dia muito diferente do que eu costumo ter, mas super super cansativo. É incrível como aquelas crianças só sabem berrar e correr, nem nunca estarem cansadas.
A depressão continua, mas passei o dia com o cabelo atado. Beijo!
Olá olá!
Acordei ainda na minha depressão capilar, que fez com que a psoríase piorasse e que assim tivesse imensa comichão, pelo que não me conseguiria concentrar durante o teste de Matemática. Solução: não vou à escola. O facto de gostar de dormir, de não ter estudado e de não querer mostrar o cabelo também ajudaram, mas isso é a versão que os professores não precisam de saber.
Acordei então às 7h como normal, tomei o pequeno almoço com a Anna e a Benny e depois voltei a dormir, enquanto elas foram para a escola. Ao meio-dia acordei, virei-me para o lado e continuei a dormir, feliz por não ter horário.
Por volta das 13:30h o meu irmão ligou-me, veio ao meu quarto para me chamar para almoçar e disse-me que não sabia que eu tinha ficado em casa. Expliquei-lhe o que se passava e disse que não tinha fome, que depois comia qualquer coisa. Entretanto olhei para o telemóvel, onde tinha mensagens de quatro pessoas da minha turma: Matteo, Ines, Nicole e Marco. Os três primeiros a dizer que o novo corte estava óptimo, e o último a gozar comigo (como já é habitual): "Admite, não vieste à escola por causa do teu belíssimo corte de cabelo ahahah". Apesar de terem sido mensagens normais, soube muito bem, dado que estava enterrada na cama numa depressão contínua.
Quando a Anna chegou do ginásio (quem é doido para, depois da escola E SEM COMER, vai para o ginásio?) fomos comer alguma coisa. Enquanto ela e o seu ginásio ficaram-se por fruta, eu comi um prato de massa com ragù.
Depois de almoço fui para o quarto arrumar a mochila, porque íamos para um retiro religioso, pois é. Às três e meia chegou a Benny e a Titi, outras duas educadoras que nos levaram a St. Stefano, umas casas da igreja no meio da montanha.
Quando chegámos já muitas das crianças tinham chegado, e só quando ouvi o barulho que faziam é que me assustei. Eu, que não sou religiosa nem sequer baptizada, estava num retiro católico com 40 crianças de 11 anos, onde ia ajudar os educadores a acalmar as pestes.
Quando o grupo estava todo reunido estivemos a tentar jogar uns jogos, mas como é óbvio ninguém nos ouviu. Ainda me pediram para mandar um berro em Português, e eu estive mesmo a pensar em dizer "Oh caralho, mas querem levar um par de estalos cada um?", mas disse que não.
Entretanto fomos para um sala enorme, onde estivemos a ouvir uma descrição de Jesus pela Bíblia, onde as crianças descreveram Jesus para si e onde fizeram um labirinto para descobrir quem ele realmente é. Depois disso escolheram uma criança que, com um papel na testa com uma palavra qualquer que ele não sabia, ia para o meio da rodinha e tinha de tentar adivinhar qual a palavra, ouvindo as coisas que os outros diziam.
Quando chegou a hora de jantar fomos todos para o andar de baixo, onde eu estive a ajudar a servir. O primeiro prato foi massa com ragù, e o segundo foi lombo com batatas, que quase todos deixaram ficar.
Depois de jantar eu e a Benny estivemos a preparar o projector e o computador, enquanto a Anna se foi embora para uma reunião. Projetor preparado, computador preparado, fios todos ligados, estivemos a ver um filme de desenhos animados sobre a vida de Moisés. Apesar do filme não ter nada a ver comigo, foi um ponto muito importante da minha experiência pois, no final, reparei que percebi tudo tudo o que foi dito pelas personagens.
O filme acabou e fomos todos para os dormitórios, dado que estávamos mortos. Eu fiquei no segundo andar (andar das raparigas), num quarto com as outras 5 educadoras (a Benny, a Anna, a Titi, a Martina da minha turma e a Alexandra), e à nossa frente estava um quarto de 11 raparigas com 11 anos, pelo que devem imaginar a barulheira.
Esperei que a Anna chegasse e, com os lençóis que trouxe, estivemos a preparar a nossa cama, que íamos partilhar. Metemos duas fronhas em cada almofada e dois lençóis no colchão, só para verem o quanto a Ana confia em hosteis/pousadas/etc.
Estivemos um bocadinho à conversa, mas entretanto adormecemos, quando as donas do quarto ao lado se decidiram calar.
Foi um dia muito diferente do que eu costumo ter, mas super super cansativo. É incrível como aquelas crianças só sabem berrar e correr, nem nunca estarem cansadas.
A depressão continua, mas passei o dia com o cabelo atado. Beijo!



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