(2/11/2013)
Olá!! Mais um sábado, mais um post em atraso.Ontem por volta das 10h30 a Benny acordou-nos e fomos tomar o pequeno almoço na sala dela, que tem a melhor vista de sempre. Passado 15 minutos a nossa mãe veio-nos buscar e passámos no cemitério, porque era o dia dos Mortos. No cemitério fomos meter umas flores em honra a alguém muito especial, e que ainda está muito presente na vida e no pensamento da minha família. O tio morreu no ano passado com cerca de 54 anos num acidente de trabalho, então ainda lhes custa muito falar ou pensar nisso.
Depois do cemitério fomos para casa, onde a minha mãe me ofereceu uma tacinha de castanhas já descascadas, que eles tinham feito ontem à noite.
Aproveitei para escrever o blog de ontem e depois fomos almoçar, pasta com ragù (que é basicamente a nossa bolonhesa). Depois de almoço eles foram todos à missa, mas eu fiquei em casa a ver um episódio de Scandal e liguei para a minha tia Cristina, que estava com o Lucas, o Hugo e a Sofia.
A tarde foi toda passada a não fazer nada até que decidimos ir à Call me buscar o meu telemóvel. Não podem imaginar a minha cara quando a rapariga me mete outro telemóvel na mão, um samsung muito mais barato que nem era android. Muito atrapalhada digo "Ma non è lo stesso" (Mas não é o mesmo), mas ela corrige logo o erro e vai buscar o meu. Lá paguei o arranjo (25€, mais valia enviar para Portugal, mandar para a garantia e a minha mãe enviava-me de volta. Ficava mais barato e até mais rápido) e saímos.
Passámos na Sisley e estivemos a ver a roupa (eu também preferia uma ZARA ou assim, mas aqui em Castelnovo as poucas lojas giras que há são mesmo caras). Voltámos à nossa busca pelo meu quispo, mas sem efeito. Encontrei um que era o modelo e o tamanho ideal, mas era cor de rosa e não obrigada. Acabei por comprar um gorro e umas luvas, enquanto a Anna comprou um camisolão de malha rosa velho.
Passámos ainda na Benetton em busca do meu quispo, e finalmente encontrámos um. No entanto, eu não tinha dinheiro para o pagar, mas a senhora deixou-me comprá-lo com o que tinha e depois passo lá para pagar o resto.
Compras feitas, fomos um bocadinho para o Magnani, mas rapidamente voltámos a casa. Em casa fui jantar uns petiscos que a minha mãe tinha feito porque vinham convidados (erbazzone e uma espécie de gnocco, duas comidas típicas daqui).
Entretanto fui tomar um duche, preparar-me para sair e, enquanto não era hora, estive a falar um bocadinho no skype com o Miguel.
Fomos então para o Magnani, onde nos encontrámos com a Benny, a Virginia, o Marco e uns outros. Entretanto ficámos só nós (eu, Anna, Benny e Virginia) e chegou o Marck, o fotógrafo do Magnani. Como era o seu aniversário ofereceu-nos uma garrafa de espumante, mas como sabem não é a minha coisa preferida, pelo que não bebi (e também porque faz parte das regras da AFS e eu sou uma menina linda).
Estivemos um bocado com o Mark e a tirar fotos com a máquina dele, todas felizes.
Depois saímos do Magnani e estivemos horas à espera que chegasse o Maio (namorado da Virgi) que nos ia levar para a festa do Cinghiali. Mal entrei no carro aterrei (já começa a ser hábito) e acordei quando chegámos à festa (nem foi mau, porque o caminho é cheio de curvas e eu nem as vi).
Na festa foi o normal, falar com as pessoas de Castelnovo e dançar (a minha parte preferida, como podem imaginar). Incrível como de 5 em 5 minutos passava alguma música em Português, e das boas (Ai se eu te pego, balada boa, danza kuduro, rap das armas e por aí em diante).
Entretanto ficámos sem boleia para voltar, pelo que tivemos de pedir ao Tommi que também estava na festa. Às 2h30 encontrámo-nos com ele para irmos para o carro, mas com um pequeno problema: éramos 6. Cinco de nós entraram no carro e um rapaz começou o caminho a pé. Depois de passarmos pelo sítio onde estavam os polícias voltámos a encontrar o rapaz, que abriu a mala do carro e entrou. Voltei a passar a viagem a dormir, e só acordei à porta de casa, já sem os 2 rapazes.
Eu, a Benny e a Anna, antes de irmos dormir, fomos comer. Obviamente que não o fizemos de maneira discreta, e elas estavam a comer os flocos de aveia sem nada, espalhando pela cozinha toda e com um consequente riso. Comemos também um pedaço de um bolo que algum dos convidados trouxe para o jantar de ontem, maravilhoso.
Depois viemos para a cama, onde eu adormeci num instante.
Foi mais um dia que valeu a pena, mas super cansativo.
Reparei que nunca vos falei muito sobre a cultura italiana, pelo que aqui escrevo qualquer coisinha. O funcho (uma erva qualquer que usam para cozinhar) chama-se "finocchio", que é também o nome que dão aos homens gays.
Aqui em Itália chama-se "portoghese" a alguém que não paga. Isto vem porque há uns bons anos atrás o papa convidou não sei quem de Portugal para vir cá, e sempre que eles consumiam num café ou assim diziam que eram "os portugueses" e todos sabiam que depois a conta seria paga. Assim, esses tais portugueses ficaram aqui durante algum tempo, a usufruir da sua vida grátis.
Uma regra da cultura italiana é secar sempre o cabelo. Nem é uma regra, é algo certo. Se tomas banho, depois secas o cabelo. Até que observaram as pessoas portuguesas que nem sempre o secam, e acham a coisa mais estranha do mundo. Ainda no outro dia li um artigo italiano sobre os portugueses chamado "Os portugueses são loucos!", que dizia "Embora seja um país relativamente próximo de Itália, as duas culturas são muito diferentes. Damos um exemplo: os portugueses não secam o cabelo!!"
Depois escrevo mais, conforme me vou lembrando.
Também não vos disse, mas já algum tempo para cá que só falo italiano, o inglês fica para quando estou com os outros da Intercultura. E hoje meti também o facebook em Italiano, para aprender mais algumas palavras!
Deixo-vos com uma foto das minhas compras. Beijos!!

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