9-10-2013
Olá amigos!
É verdade, hoje escrevo-vos mesmo sabendo que só podem ler no domingo, mas acho que já não consigo passar um dia sem o fazer.
Hoje de manhã o meu despertador não tocou, então cheguei um pouco atrasada, outra vez.
A primeira aula foi filosofia e estive sentada ao lado da Nicole, a falar um bocado com ela. Tentei estudar também um bocado de inglês, mas não resultou em muito.
Depois veio a aula de ciências, e estivemos a fazer uma "experiência" onde observávamos a mudança de cor no papel indicador de pH, que loucura.
Depois desta aula veio o tão esperado de inglês. Enquanto a stora estava a distribuir os testes, passou por mim e disse "já aqui passo". "Na boa, não faço o teste", pensei eu. Mas não. A verdade é que fez um teste especial para mim, em português. Vá, português do brasil. Vá, nem isso.
Era verdade que preferia não fazer teste, mas ter feito um em português para mim foi muito querido e atencioso. Mas também cruel, porque assim já podia responder às perguntas de translate.
Não sei como correu o teste porque eu e os verbos ingleses nunca nos demos bem (a Kika é que gostava deles).
Passei o intervalo com a Virginia e uma amiga chamada Anna, e estivemos a enfardar.
Depois veio a aula de arte, a melhor parte do dia. Os meus colegas entraram todos animados para a sala e numa conversa permanente. Graças aos testes de matemática. Pois é, já estavam corrigidos. Houve vários 5,5 e 6, mas acho que a Ines teve 9 (não esquecer que aqui é de 0 a 10). Eu ainda não sei a minha nota. Nem quero saber, obrigada.
O primeiro tempo da aula de arte foi dar história da arte, e o segundo foi começar a desenhar. Bem, foi desta que tomei uma grande decisao para a minha vida universitária. Nunca, mas mesmo nunca, poderei ir para arquitectura (a menos que gostem de paredes tortas).
Depois viemos para casa almoçar com alguma pressa, porque tinha de apanhar a corriera. Comi o meu frango e fui acabar a mala.
Passado pouco tempo o meu pai levou-me para a "Taza di Oro" onde comprei os bilhetes e apanhei o autocarro (e também vi a Tamara, a minha colega).
A verdade é que voltou a ser uma viagem terrível e impossível de não enjoar. No entanto, para passar o tempo, liguei ao Afonso Albano e estivemos a trocar opiniões sobre a experiência.
Quando cheguei a Reggio tinha uma mensagem do Agustin, a dizer que se tinha perdido. Ri-me e disse-lhe que eu tinha o caminho guardado num filme e que por isso estava segura. Até que me lembro que passei tudo o que estava na câmara para o pc e apaguei depois. Fuck.
No entanto correu bem e dei logo com a casa. Quando cheguei já toda a gente estava lá há algum tempo, dado que cheguei muito tarde.
Estavam todos juntos a falar pelo whatsapp na nossa conversa de grupo e a conversa estava a ter imensa piada, pelo que se estavam todos a rir.
E, quando eu cheguei, começaram-se a rir ainda mais e a chamar-me "Lady di Mountain", a minha nova alcunha por viver no meio das montanhas italianas.
Durante a aula estivemos a falar um bocado sobre o ida e o nosso almoço, em italiano. Até que eu e o Cedric voltámos a ter um daqueles nossos ataques de riso em que é impossível parar, e pior se olharmos um para o outro. O motivo desta vez foi a reação da Iris que, quando a Barbara disse que a turma dela estava muito contente por tê-la lá, basicamente disse "Ooooh really?", como quem pensava "oh really, those motherfuckers?".
Depois de nos termos controlado, voltámos a rir imenso quando, na conversa do whatsapp, comparámos o comportamento da Iris com as consequências do uso de drogas, e é basicamente o mesmo.
Entretanto descobrimos um filme nas coisas da Barbara, chamado "Satan's Sadism", sem foto de capa. Foi só eu que deduzi que fosse um filme pornográfico? É que eles não tinham pensado nisso e, quando o Cedric reparou, voltámos a chorar de tanto rir.
Para além disso comentámos também a possibilidade da voluntária ter Alzeihmer, dado que todas as semanas faz as mesmas perguntas. Mas perguntas cujas respostas não podem mudar de semana para semana.
Às 18h começaram a chegar os assistentes para a nossa reunião pré Cesenatico. Primeiro tivemos de pintar um boneco numa árvore e justificar a escolha da altura e a posição, de acordo com a nosa situação relativamente à escola, família e italiano.
Depois disto estivemos a falar das atividades da AFS, e nunca tive tanta vontade de ficar um ano. Maldita a hora em que só me inscrevi por três meses. Que raios.
Estivemos a falar um bocado sobre como vai ser o campo amanhã e as nossas expectativas.
Descobrimos também que os voluntários sabem da nossa conversa no whatsapp, dado que o Cedric recebeu um mensagem a dizer "Stop it", de um deles. Isto aconteceu depois de uma conversa que provocou vários sorrisos nestes estrangeiros parvos. Primeiro porque reparámos que uma das voluntárias ficou presa nos anos 90, depois de vermos os brincos. E outra por uma má expressão em Inglês do Agustin, que levou a Cille a pensar que uma voluntária tinha flores dentro do rabo, enquanto na verdade estavam nas calças, no rabo.
Quando acabou eu fui com a Anita para um café alemão que comemorava a Oktoberfest com imensa cerveja alemã. Bebemos um ice tea de pêssego cada uma e estivemos a comer patatines, enquanto falávamos.
Quando acabámos viemos para casa dela onde vou ficar a dormir durante esta noite. Conheci os pais, conheci a casa e conheci a gata.
Depois de me instalar fomos pesquisar os horários de autocarro para voltar no domingo e estivemos a falar sobre música, Coimbra, Queima das Fitas e assim.
Agora estou na cama a tentar adormecer porque amanhã acordo às 6h50. Desejem-me sorte, beijo.
P.S.: Deixo aqui uma foto do meu quarto para esta noite.
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