sábado, 26 de outubro de 2013

Eremo di Bismantova 0.35min

Boa noite!!

Ontem, antes de adormecer, ainda tentei fazer uma video-chamada no skype com o pessoal do ballet, que estava a dar uma festa surpresa à Joana. No entanto a Internet deles estava muito fraca e não conseguimos fazer uma única chamada de jeito, pelo que decidiram ligar-me para o telemóvel italiano e passar muito rápido por todos, que me mandaram um beijinho. Foi bom ouvi-los, e também ver que estavam todos juntos. A minha turma de ballet em tempos foi um grupo super unido, quase como uma família, mas (infelizmente) nos últimos 2 anos afastámo-nos muito uns dos outros, pelo que foi maravilhoso ver a foto deles quase todos juntos na festa!

Depois da chamada tentei estudar um bocadinho, mas sem efeito. Estivemos a preparar as duas camas suplentes para a Benny e para a Virgi, fui tomar banho e vim para a cama.

Hoje de manhã acordei às 5h30 com o meu despertador, para estudar. Sim, "estudar". Enquanto a Benny e a Anna foram para a cozinha estudar, eu fiquei no quarto a fazer exercícios de exponenciais e logaritmos à luz do telemóvel, para não acordar a Virginia.
Fui um bocadinho ao facebook e recebi logo uma mensagem do meu monitor preferido, do Ruca. Mandou-me uma mensagem muito querida (ou nada) a dizer-me para ir para a cama, dado que tinha aulas ao sábado e tinha de dormir. Mal sabia ele que eu já tinha tido a minha noite de sono e estava acordada para ir para a escola. Também preferia não saber.

Tomámos o pequeno almoço em casa todas juntas e lá fomos para a escola, desta vez de carro porque uma amiga veio-nos buscar. Quando chegámos elas ficaram a falar no parque de estacionamento, mas eu apanhei boleia da Lucia porque ambas estávamos com pressa para a aula, dado que tínhamos "verifica" à primeira hora.

Desta vez na aula de Matemática a fazer o teste não fiquei em frente à professora, para não me sentir assim tão pressionada. E desta vez tive um teste especial para mim, mais fácil. "Fácil". Preciso de ter 42 pontos para ter positiva, um 6. Não sei o que vai sair dali, mas do outro saiu cerca de um 2 (não sei o valor certo porque a professora não deu nota).
Quando acabaram as duas horas de teste de Matemática veio Italiano, para descansar um bocadinho. Estive a aula toda a escrever uma composição em italiano, dado que não percebo nada da aula.
Depois de Italiano veio Física onde estivemos a fazer alguns exercícios de preparação para o teste de segunda feira, que só hoje soube que ia ter. No tempo final da aula estive a fazer os trabalhos de casa de química com o Matteo, a Ines, a Nicole, a Tamara, a Martina e o Marco, e a ajudar um bocado, dado que estou segura naquela matéria.
Na aula de Química, enquanto a professora levava meia hora a explicar cada exercício, eu e o Matteo estivemos a fazer outros tantos, e eu ajudava-o quando ele não percebia. Soube muito bem, porque foi a primeira vez que não me senti burra desde que cheguei. Entretanto a professora começou com uma conversa que supostamente é única, mas que repete todas as aulas. De como somos uma turma especial, que não vê falsidade nas pessoas e que são todas muito genuínas. Até que alguém interrompeu a conversa ao bater à porta: uma visita de 5 alunos antigos. A professora esteve a falar um bocado com eles e retomámos os exercícios mas entretanto a aula também acabou e fomo-nos embora.

À hora de almoço a Niccole e a Tamara vieram comigo para a paragem de autocarro, onde a Anna e a Virginia me esperavam para irmos para casa de boleia com a Arianna e o namorado. Em casa fomos almoçar: pasta com molho do género de bolonhesa que a nossa mãe nos preparou antes de ir. A meio do almoço chegou o Tommi que depois se juntou a nós.
Depois de almoço elas foram todas vestir o pijama e foram ver o X Factor e dormir um bocado, mas eu tive uma tarde muito mais preenchida. Hoje o Agustin veio finalmente visitar-me a Castelnovo e chegou logo depois de almoço, pelo que tive de o ir buscar. Depois começámos a andar supostamente em direção à Pietra di Bismantova, mas entretanto ele perguntou a uma senhora se aquele era o caminho certo e ela disse que não, pelo que tivemos de voltar tudo atrás.
Uma vez no caminho certo, morremos de cansaço. Este é dos caminhos mais cansativos que conheço e ponderámos desistir de 5 em 5 min, mas eu insisti e lá chegámos ao topo da Pietra. Uma vez lá em cima ficámos mesmo orgulhosos por termos ido em frente, porque as vistas compensam qualquer coisa. Descansámos um bocado no topo (mal cheguei a primeira coisa que fiz foi deitar-me no chão) e tirámos a fotografia que nos levou até lá. Pois é, esta subida ao topo da Pietra foi feita com o objectivo do Agustin tirar uma foto para mandar para um concurso fotográfico da Intercultura "Como vês Itália?".
Entretanto tivemos de descer porque o autocarro do Agustin era às 18h30 e só subir a Pietra eram cerca de 2h, e ainda tínhamos de a descer todinha. A descida também foi muito engraçada porque, como é normal desta altura do ano, o chão estava cheio de folhas caídas e super húmido, pelo que sofremos várias ameaças de queda. Isto até uma se tornar verdadeira e o Agustin dar comigo de rabo no chão, a rir-me que nem uma perdida.

Quando chegámos a Castelnovo ainda tínhamos tempo, pelo que fomos comer um gelado à gelataria de Bismantova. E depois disso ainda fomos a outro café para ele comer uma sandes. Mas entretanto as 18h30 aproximavam-se e fomos para a paragem. Tivemos uma conversa em que deu para reparar numa grande diferença entre a vida na Europa e na Argentina: a mudança de hora. Porque hoje à noite a hora muda e o Agus não sabe como é que isso funciona, já que vive no Hemisfério Sul e lá não se faz disso.
Quando ele se foi embora fui ao Coop comprar pasta de dentes, escova de dentes e fio dental, e também papel higiénico cá para casa, dado que já não temos há cerca de 2 dias.

Voltei para casa, tomei um duche e depois fui ter com a Benny, a Virginia, a Anna e o Maio ao Magnani onde jantámos no apperitivo. Depois disto viemos para casa, para elas mudarem de roupa. Enquanto faziam isso e se maquilhavam, eu fiquei a cuscar um pouco do facebook e a começar a escrever esta entrada.
Às 22h voltámos ao Magnani onde conhecemos o Yannick, um canadiano. É um rapaz de 19 anos que deixou o Canadá dia 7 de Setembro com 3 amigos e veio para a Europa. Entretanto já se separou dos amigos e anda sozinho e já andou pela Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, França, República Checa e tantos outros. Agora está aqui em Castelnovo em casa da Arianna, dado que a mãe dele a conhecia desde o tempo em que ela foi para o Canadá com a AFS, mas nos outros países fez couch surfing, ficou a dormir em hosteis e também em casas/quintas onde podia ficar alojado se ajudasse nas tarefas domésticas.

Entretanto começou-me uma dor enorme na perna e eu não aguentava em pé, pelo que disse à Anna que vinha para casa para descansar e aqui estou, enquanto elas estão a sair à noite. Quando vim aproveitei também para falar um bocado ao telemóvel com a Sofia Lopes, que está a fazer o trimestral em Genova. Foi tão bom ouvir a voz dela, tenho tantas saudades!
Amanhã ao 12h vou voltar a servir à mesa naquele restaurante, desta vez num almoço para pessoas com deficiências. E à tarde tenho de estudar Física, para não ter uma nota vergonhosa no teste.
Boa noite!

P.S.: Não consigo tirar esta música da minha cabeça (http://www.youtube.com/watch?v=P_WyB1Yunqw) porque era o despertador de hoje de manhã da Anna, que tocou cerca de 4 vezes.

P.P.S.: Hoje eu e o Agustin descobrimos (graças ao Cedric) que a Iris amanhã vai fazer uma festa de anos e não nos convidou aos dois. Depois de imensas conversas viemos a saber que ela estava chateada connosco porque estávamos sempre a fazer piadas sobre o facto de ser asiática, e a chamar-lhe chinesa embora ela seja de Hong Kong.
Da forma como as coisas estavam a correr de manhã eu cheguei à conclusão que ela não gostava de mim, e isso deixou-me muito mal porque eu gosto dela. Não pensei noutra coisa durante o teste.
Mas felizmente tive agora uma conversa mais longa com ela e ela disse que, quando eu faço essas piadas, ela acha que não gosto dela e que por isso se afasta de mim. Já esclarecemos tudo e vamos trabalhar nesta relação até eu me ir embora, o que me parece muito bem.
Estou feliz por ter resolvido isto assim. Isto de fazer uma experiência AFS é mesmo uma vida nova.







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